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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Diferença entre Inseminação Artificial e Fertilização In Vitro

A inseminação artificial e a fertilização in vitro são formas diferentes de fecundação com acompanhamento médico. 

 

 

A inseminação artificial é usada quando a mulher tem um problema no colo do útero: a região possui anticorpos que matam os espermatozóides. É então coletado sêmen do homem e injetado na cavidade uterina da mulher, em uma região onde os anticorpos não estão mais presentes. Livres dos inimigos, os espermatozóides podem fecundar os óvulos. Essa técnica é usada também quando o homem tem poucos espermatozóides. O esperma é colhido e recebe um tratamento no laboratório para aumentar sua concentração. É depois depositado no útero da mulher.

 



Na fertilização in vitro, a fecundação é feita fora do organismo. Essa técnica é usada por mulheres que fizeram ligamento de trompas - uma cirurgia que evita a passagem do óvulo para o útero - e se arrependeram. A paciente recebe um tratamento para liberar mais de um óvulo por ciclo (o normal é apenas um). Esses óvulos são aspirados por uma agulha e colocados em meio de cultura com nutrientes. Os espermatozóides são depositados no mesmo recipiente. 

O óvulo, depois de fertilizado, vai para uma estufa onde começa a ocorrer a divisão celular e formar o embrião. Quando já existir entre oito e 16 células, o que leva cerca de 72 horas, o embrião é colocado no útero da mãe. Geralmente são implantados mais de um embrião para aumentar a chance de ocorrer a gravidez. Por isso é tão comum o nascimento de gêmeos ou trigêmeos. 

A fertilização in vitro é também usada em mulheres que, após a menopausa (quando não ovulam mais), decidem engravidar. Só que, nesse caso, o óvulo que vai ser fertilizado é doado por outra mulher. O óvulo da paciente é retirado, fertilizado e reimplantado diretamente no útero. 

 

Existem alguns casos em que o esperma pode ser colhido e guardado para fazer uma fertilização no futuro. Opta-se por essa alternativa quando o homem tem câncer de testículo e vai fazer radioterapia. A radiação impede a produção de espermatozóides. Antes que o paciente comece o tratamento, o esperma é colhido e armazenado.



Alguns homens que vão passar por vasectomia, cirurgia que os deixa estéreis, também decidem colher espermatozóides e congelar para usar mais tarde, caso decidam ter um filho. O esperma pode ser congelado por três anos. 

 

O sucesso das formas de fertilização com acompanhamento médico é de 30% em cada tentativa. "Essa é também a probabilidade que a mulher tem de engravidar em cada ciclo por meios naturais", diz o ginecologista Thomaz R. Gollop, do Instituto de Medicina Fetal, em São Paulo.

A inseminação artificial é usada quando a mulher tem um problema no colo do útero, e se coloca o espermatozóide diretamente na cavidade uterina da mulher. Na fertilização in vitro, a fecundação é feita fora do organismo. Essa técnica é usada por mulheres que fizeram ligamento de trompas.

sábado, 9 de abril de 2011

Rio já tem casal de gays interessado em filho por reprodução

O Rio já tem o primeiro casal de homens à espera para concretizar o sonho da paternidade por meio da reprodução assistida. O processo corre, em sigilo, no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Segundo as clínicas do Rio, após a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que regulamenta a prática, houve aumento de homossexuais procurando o serviço.
Norma do CFM, publicada em 6 de janeiro no Diário Oficial da União, autoriza casal de homens a recorrer à ’barriga de aluguel’ após aprovação do Conselho Regional de Medicina (CRM) - que avalia qualidade da clínica, estabilidade do relacionamento e legalidade do procedimento. O processo de validação dura, em média, uma semana e, se for negado, o casal pode recorrer ao CFM.
Segundo Valdemar Amaral, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e um dos médicos que elaborou a norma, óvulo desconhecido e útero familiar são práticas para evitar que a mulher exija a guarda da criança. Para ele, a medida é um avanço inédito que vai nortear o trabalho de médicos. "Muitos não sabiam o que fazer e negavam os pedidos dos gays. A sociedade mudou em relação a casos homoafetivos e não podemos negar esse direito", disse, acrescentando que, se não há parente mulher, o casal pode pedir recurso e tentar usar o útero de uma amiga ou conhecida.
Vivendo com o companheiro há 19 anos, o advogado Carlos Alexandre Lima, 48, quer um herdeiro. Há cinco anos, o casal tentou a fertilização artificial com uma amiga homossexual, mas, por um problema de saúde dela, o método não foi adiante. O sonho da paternidade, porém, permanece. Carlos considera a nova norma um avanço, mas questiona a necessidade de envolver um parente. Ele defende que há casais que não têm parente mulher ou sofrem preconceito em casa.
"Acho a adoção um processo lindo que deve ser estimulado, mas quero uma continuidade de mim, alguém com minha carga genética. A família fica completa com um filho", declara. Carlos será o doador do sêmen, e o casal ainda procura uma mulher que possa gerar a criança. Mas já começa a planejar e se preocupar com a educação do futuro filho. Apesar de não ter preferência pelo sexo do bebê, ele acredita que uma menina sofreria menos preconceito da sociedade. "Teria medo no dia em que meu filho ou filha ficasse doente. Sempre que fiquei doente era uma figura feminina que cuidava de mim", confessa.
No Natal do ano passado, o cantor Elton John e o companheiro, David Furnish, tornaram-se pais de um bebê gerado com a ajuda de uma barriga de aluguel. A criança do sexo masculino nasceu com 3,6 quilos e foi batizado com o nome de Zachary Jackson Sevon Furnish-John. Elton John e David Furnish não sabem qual dos dois é pai biológico do pequeno, pois ambos forneceram sêmen.
A nova família, com pais homossexuais, ganhou as telas de cinema e os tapetes vermelhos de Hollywood. O filme "Minhas Mães e Meu Pai", da diretora Lisa Cholodenko, conta a história do casal Jules (Julianne Moore) e Nic (Annette Bening) que recorreu à inseminação artificial de doador anônimo para ter os filhos Joni (Mia Wasikowaska) e Laser (Josh Hutcherson).
Na ficção, a pedido do irmão, a irmã mais velha decide procurar o doador do sêmen que gerou os dois. A descoberta de quem foi o doador muda o rumo de todos. Na vida real, no Rio, uma advogada de 37 e uma psiquiatra de 35, que pediram para não serem identificadas, também têm dois filhos concebidos por inseminação artificial.
Após processo judicial, elas conseguiram o direito de registrar as crianças, de 8 e 2 anos, com o nome das duas. A psiquiatra conta que escolheu o "perfil" dos doadores do sêmen ( é proibido conhecer a identidade). Um deles era químico e o outro, empresário. Uma das exigências era não ter doenças renais. ‘As pessoas pensam que por ser homossexual, os sonhos precisam ser abandonados. Foi tudo natural com a gente", diz a psiquiatra.
Além da inseminação artificial com doador anônimo, lésbicas podem doar o óvulo e recorrer à barriga de aluguel com parentes até segundo grau.
Com informações do Jornal "O Dia"